11.29.2007

Melissa e os threesomes

Que gaja mais chata! Cortes!



Melissa Etheridge - Threesome


Some people try to keep something alive
After it's gone, After it dies
They try all kinds of things
Like taking off rings
Swapping up keys
Seeing who swings

I'm happy to say that you and I've got no problem
Baby, I just wanted you to know

Chorus:
I don't wanna have a threesome
I don't wanna sleep with nobody else
I don't wanna be a swinger
I'd rather keep you all to myself

Now, sometimes at nightafter the kids are in bed
I'm changing the channels
And you're surfing the web
I stumble onto that show
With all of those ladies
You know with those things
Acting all crazy

I don't know how they manage
To do all that damage
We barely find enough time to kiss

(Chorus)

I've got enough spice
In this family life
I don't need an affair with a friend

I don't wanna have a threesome
Ever again

So I'll get away
If you can slip away too
I'll meet you at three
Alright, I'll meet you at two
We know just where to go
We know just what to do
It's perfect that way
Just me and you

(Chorus)

I've got enough spice
in this family life
I don't need an affair with a friend


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I don't wanna have a threesome
I don't wanna have a threesome
I don't wanna have a threesome
Ever again

11.27.2007

resources sobre swing

(encontrado no forum dominium)

um artigo sobre a história do swing em Portugal, incluindo muitos contactos e ferramentas úteis:

http://www.geocities.com/johnyboyxxx/Portugal.htm

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Paciência


Novembro é isso mesmo, mês de ver chover, de ficar em casa, a bebericar chá e a ouvir música particularmente embaraçosa, sentir a falta dos que foram, sentir saudades de amores antigos ou remoer porque o amor presente não é como queremos, ou porque não conseguimos dar o que querem de nós.. Ou ainda, porque damos tanto que alguém acabe por se sentir mal por esse excesso.

Nem sempre as coisas são fáceis, nem sempre por se rejeitar paradigmas problemáticos implica necessariamente que todo o novo terreno por desbravar vai ser fácil. Precisamente por ser novo e tão belo… torna se por vezes difícil.

Onde ir buscar apoio e conselho para problemas pouco frequentes? Como comunicar problemas e sentimentos novos? Como resolver conflitos dentro de relações que têm poucos exemplos de onde copiar comportamentos e ir pedir conselhos? Onde parar de discutir conflitos e viver um pouco? Onde viver menos um pouco para resolver conflitos pendentes?

Hoje só peço: paciência. Para mim e para elas.

(Obrigada a todxs que me apoiaram, presencialmente ou não, e que acham piada á historia e que querem que ela funcione)

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11.21.2007

um esquema de langdon


um possível, de muitos..


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Pensamento da semana II: "Serial-polyamory"


Um dos preconceitos contra poly é que " as pessoas poliamorosas ou poliamantes começam a procurar outras novas fora da relação, assim que há problemas na relação original, ou pelo menos perdem parte do interesse (ou da excitação inicial da descoberta) nesta"


Claro que uma frase assim não pode ser verdade, ou é pelo menos que uma generalizacao injusta que não descreve comportamentos pessoais mas sim um eventual comportamento geral ou ética de grupo, e que ainda por cima em termos práticos a esmagadora maior parte das vezes nem sequer é verdade. Geralmente as pessoas poliamorosas interessam-se por outras porque sim, porque encontraram alguém interessante e não têm, ao contrário de quem vive dentro do paradigma monogâmico, necessidade de reprimir esse interesse.


Mas o que se pode dizer, sim, em abono da verdade, é que existem pessoas poliamorosas que saltam alegremente para próxima relação assim que a primeira começa a dar problemas ou quando a excitação inicial arrefeceu. Por outras palavras, não é por algumas pessoas serem poliamorosas e não terem a pressão de encaixar em comportamentos do género serial monogamy que necessariamente não vão ter comportamentos escapistas do género fuga para a frente semelhantes (não terem que lidar com eventuais problemas da(s) relação/oes mais antiga(s)). Ou seja, desinvestem da relação ou relações mais antigas e olham alegremente em frente. No caso do contexto poliamoroso parece-me que é mais difícil confrontar a pessoa com isto e tentar dar a volta ao problema, porque se vai esbarrar em argumentos como não fazer sentido forcar alguém a ter certos sentimentos ou comportamentos (será algum resto de "polyfobia" interna a escrever isto por mim??). E mesmo com todas as ferramentas que o modo poliamoroso de vida dá (hábitos de conversa, troca de informação e análise, experiência na gestão de conflitos, tempo e necessidades emocionais, etc) é difícil lidar com isto, seja num contexto poliamoroso ou não.


My two cents.


11.16.2007

Marjane Satrapi "Embroideries"


Apenas marginalmente relacionado com poliamor, mas gosto desta autora e dos seus comics minimalistas e das suas historias cruéis e ternas ao mesmo tempo.

Neste álbum, Embroideries, a jovem Marjane, adolescente, assiste sem sombra de censura ou mal estar ás conversas que as mulheres, adultas, da sua família e "arredores", têm enquanto bebericam o seu chá.

Em qualquer parte do mundo, qualquer grupo que se sinta à vontade para falar vai trazer coisas do arco da velha, aparentemente inverosímeis. neste caso, as mulheres vão falar sem pejo nem peias de amor, sexo, verdades, meias-verdades e mentiras.




Reflectindo a variedade de mulheres sentadas à mesa, vão ser igualmente variados os tipos de discurso. Enquanto uma das mulheres fará a apologia de um amor tipo romântico outra logo a seguir sugere várias técnicas como melhor enganar o marido em diversos aspectos.


um ponto curioso próximo em pertinência do tema poliamor... uma das mulheres defende abertamente porque gosta do papel da amante em vez do papel de esposa. primeiro porque um dos temas que se fala sempre a propósito do poliamor é a recusa ou não de certos papeis pessoais ou tipos de relação "chapa 3", e em segundo lugar porque precisamente há uma escolha determinista desta mulher por uma determinada qualidade e tipo de vida, ao qual a sua vida emocional se encaixa e não o contrário.


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11.15.2007

Jogos Humanos, BD de Paulo Patrício e Rui Ricardo


"Jogos Humanos" é uma verdadeira história poliamorosa, do princípio ao fim. o argumento é de Paulo Patrício e os desenhos de Rui Ricardo.

Nao há muito que dizer. Até começa com um casalinho heterossexual chatérrimo sentado num banco de jardim, provavelmente como quase toda a gente já fez algum dia.

Percam o amor ao dinheiro, comprem e leiam.

Talvez possa acrescentar afinal alguma coisa. Este livrinho acompanhou me desde o principio da minha "aventura" poliamorosa, há uns anitos valentes, principalmente na altura em que eu achei que ia dar com os burrinhos na água, que ia ficar sozinha à pala de fazer tanta experiência e tanto-pôr me a mim própria e aos que me amavam nos limites dos limites da paciência e capacidade de aguentar barcos.

sobre Paulo Patrício:
http://maisbd.mundofantasma.com/autores.php?autor=Paulo+Patr%EDcio
http://www.paulopatricio.com
http://lambiek.net/artists/p/patricio_paulo.htm


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11.13.2007

As próximas Ladyfests, Europa fora. Para quando em Portugal?


A Ladyfest é uma festa para todos feita por "senhoras de todos os géneros (sic)".

Nao é um evento único, antes ocorrendo em diversas cidades desde que haja uma equipa disposta a arregaçar as mangas e a pegar no conceito. É, e passo a citar do manifesto da Ladyfest 2005 em Nuremberga, "uma plataforma para actividades culturais e politicas de mulheres, queer, transgéneros e intersexuais: é UM ENCONTRO DE SENHORAS DE TODOS OS GÉNEROS, dirigida para quem não é normalmente fácil encontrar uma plataforma para o seu trabalho criativo. É um evento DIY (Do It Yourself). É organizado por voluntárias no seu tempo livre e não tem fins lucrativos (...). Este projecto tem por fim fortalecer os sentimentos de interesse comum e encorajar senhoras de todos os géneros a tornarem-se activas. Desde concertos, a exposições, passando por discussões filosóficas ou políticas, festas e filmes, muita variedade estará disponível (...) A celebração será feita (concertos ou DJaning) ao som de musica "feminina"/queer/transgender" (...). A Ladyfest é dirigida a todos, não só a mulheres biológicas"

Acrescento meu, geralmente foge muito ao mainstream e anti-normativo é a palavra de ordem subjacente a tudo. Por outras palavras, é uma festa onde se encontra diversidade, queer friendliness, criatividade (muita improvisação, DIY e coisas presas com cordéis), feminismo, sexualidade desempoeirada, you name it.

Define-se fortemente como contra cultura, intervencionista, de esquerda e como opondo-se fortemente à pressão mainstream de encontrar soluções "one size fits them all" que neguem a individualidade e diversidade que (felizmente ainda) abundam dentro da(s) nossa(s) sociedade(s). Encoraja por consequência todo o tipo de DIY (Do It Yourself), todo o tipo de diversidade e de discurso e prática politicamente correcta e anti-discriminatória. É também precisamente por esse encorajamento da diversidade e do DIY extremamente divertida e descontraída!!


A titulo de exemplo, deixo aqui um extracto do programa da Ladyfest de Viena 2007: para vos despertar a curiosidade (deixei os textos em inglês sempre que achei que era mais descritivo que em português): "Stencil, ferramenta de arte e intervenção política", "Drag yourself, extend your Self", "Do it yourself: Dyke styling, do your own dyke-clothes", "Escrita criativa, como melhorar um texto ou mandá-lo pela janela", "Da teoria queer à prática politica", "Crashcourse de hardware (computador)", "O viver precário como forma de Resistência na sociedade contemporânea", "Filmes porno queer-feministas", "Tecnologia de som", "Segurança no computador", "All gender is drag", "Gendering the Wikipedia", " Open source software", "Bondage", e finalmente, a workshop que eu co-moderei, "Uma, nenhuma ou muitas: formas alternativas de relação". No dia de abertura, esta festa contou com uma sexparty ("QueerEruption").


O que eu gostava: Uma Ladyfest em Portugal. Basta querer, e pegar no conceito. Voluntárias?



Próximas Ladyfest:


Ladyfest Brasil


Ladyfest Londres
Ladyfest Munique
(ou no myspace)
Ladyfest Berna
Ladyfest Spain (alguma info aqui)

mais? ... (procurem, ou perguntem-me)



mais informação:
http://en.wikipedia.org/wiki/Ladyfest
http://laundrylst.blogspot.com/search?q=ladyfest


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Abra o livro mais próximo na página 161

Forum Deficiência e

3º Debate do Fórum da Igualdade - Deficiência e não-discriminação, a 16 de Novembro, em Almeirim


o tema da (tentativa de) categorização da pessoa portadora de deficiência continua premente, em todos os seus aspectos. A discutir com urgência, em todos os sectores da sociedade. Há muito por fazer, na sociedade portuguesa acerca da percepção da pessoa portadora deficiência e sua valorização.

11.11.2007

SEXO: 2nd PornfilmfestivalBerlin 2007


Ando cheia de pica para falar de sexo. Nao é que não o faca na minha RL, quem me conhece sabe o desbocamento em que vivo, mas andei sempre atrofiada acerca de falar de sexo aqui, neste blog, não fosse um artigo mais descuidado ou uma mente mais distraída saltar para a conclusão que poliamor é mesmo só coisa a ver com sexo e "mai' nada". Já se provou inclusivamente que é o contrário ;-) Mas falando a sério, estava preocupada sim, que se saltasse para a associação errónea entre poliamor e sexo, e por muito amador que este blog seja, gosto de pensar que tem uma função informativa.

Pois, mas essa vontade de falar de sexo não vem do nada, não vem do meu gosto pessoal em falar de sexo. Vem de várias coisas que têm a ver e muito, com a natureza informativa (ou provocadora) deste blog. Uma é o poliamor em geral ser sex-positive, ou seja, ter uma atitude geralmente aprovadora e desbloqueadora em relação ao erotismo em qualquer das suas manifestações. O sexo aparece desaclopado das relações, ou pelo menos deixa de ser o complemento necessário e absoluto de qualquer relação saudável ou que pretenda dar uma aparência saudável. Em segundo lugar, para quem gosta de sexo (que não é toda a gente), o sexo pode ser uma maneira de exercer uma comunicação emocional que transcende toda a nossa linguagem e qualquer habilidade circense que os nossos neurónios intelectualoides consigam fazer. Depois, se eu analisar os counters/referers deste blog e como é que alguns cibernautas vêem parar aqui, tenho de admitir que não é porque se interessam por poliamor, temas de género, direitos humanos ou utopias, mas sim por "sexo em publico", "lésbicas trios" e outras coisas não menos interessantes (embora não me apeteça escrever sobre isso).

Por isso, amigos, leitores, companheiros de conspiração desenvergonhada e antagonistas, preparem-se, pois eu vou começar a dizer as barbaridades que me passarem pela cabeça. E nem sempre garanto que vão reflectir todos os meus princípios. talvez muitas vezes passarei aqui informação que acho interessante, mas que ainda nem sequer me fez emitir ou formar opinião.

Uma coisa que achei piada e que me mordi toda por não ir dar uma espreitadela foi o "2o Festival Porno de Berlim" (24 a 28 Outubro 2007).

http://www.pornfilmfestivalberlin.de/07-e-index.html

Deixo-vos o prazer ou desprazer, consoante a atitude em relação ao porno, de navegar no programa de filmes e de encontrarem coisas à medida dos vossos gostos. Eu pelo meu lado vou tentar falar sobre coisas sérias ;-)

Nao houve só filmes e festas descabeladas para todos os gostos. Houve apresentações e painéis de discussão sobre temas tão variados como pornografia sob a ditadura de Ceausescu, qual o presente e o futuro de pornografia feminista (ver artigo relevante) ou sobre a masculinidade como uma representação de género.

Os filmes foram todos classificados em sectores de interesse (não necessariamente mutuamente exclusivos)
(H)etero, (S)gay, (L)ésbico, (NX) Sem cenas explícitas de sexo, (D)ocumentacao, (FT)Fetiche, (SW)Sexwork e (F) Mulheres (filme rodado de um ponto de vista feminino).

Os argumentos dos sectores dominantes dos movimentos de direitos humanos e feministas a condenar a pornografia são conhecidos, na minha opinião válidos, e mostram o lado negro da indústria do porno, e as reacções a este festival não se fizeram esperar...

...mas numa altura em que os mercados (sim, os mercados são uma forca motora, quer queiram quer não) se modificam e se diversificam, em que uma nova consciência (as consciências são outra forca motora -> mais satisfeitos?) se desenvolve, pode haver espaço para uma pornografia que não seja degradante? e que apresente soluções novas para um paradigma antigo? podemos simplesmente pegar na definição de arte à Andy Warhol (em que arte é tudo o que se faz) e deixar de estabelecer fronteiras entre a pornografia e artes mais elevadas em que se passa a usar erotismo que é palavra mais fina e que não arranha tanto na garganta?


Eu não sei sinceramente as respostas a estas perguntas..


Costumo dizer que pornografia é o que os outros definem como erotismo e que nós não aprovamos. e que erotismo é a pornografia que consumimos e que está implicitamente aprovada. Mas é uma frase para se tomar com um grão de sal e só para usar na presença de zelotas. Nao é para se levar a sério. Mas é para se pensar sobre isso.


Quem viu diz que gostou, mas nada de transcendente... vou ter de escarafunchar mais para saber mais..



keep in touch.

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11.09.2007

Radio Mente Abierta, em directo do México




Uma perolazinha, esta rádio. Soube dela em paralelo pela lista electrónica poliamor espanhola, e também pelo grupo poliamor México, que é pequeno mas exemplarmente activo.

Chamou-me a atenção a diversidade de programas em que o poliamor ou a critica à monogamia de modo geral são temas, mas para além disso aqui "está tudo muito bom". Fala-se de intersexualidade, de diversidade hetero, de direitos humanos, temas de género, bondage, you name it...

Comecemos aqui: http://www.radiomenteabierta.com/programas.html

O programa "Promiscuidados" promove a discussão e informação sobre temas relacionados com sexualidade, diversidade sexual assim como a defesa dos direitos humanos, sexuais e reprodutivos...

Os outros programas não musicais alinham pelo mesmo diapasão... "Sexo Abierto", é especificamente sobre sexo, Vision Queer, sobre temas de género e LGBT, "Entre Sabanas" troca de ideias, opiniões e mais ainda, como por exemplo, casais ;-)

A cereja no topo do bolo é mesmo "A Casa dos Mil Quartos" que se debruça explicitamente sobre todos os temas que são pertinentes a quem poliama. Ciúmes, a definição de amor, referencias na literatura... vá, peguem nesses
auscultadores e oiçam, que disto não há todos os dias...

tem um chat..


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11.03.2007


Pensamento da semana:

"não é por eu estar segura de a minha namorada ter a mesma compreensão do poliamor que eu, que me vou sentir menos mal por ela ter claramente sobrestimado a própria capacidade de gestão de tempo com as suas outras namoradas"

confuso? posso fazer um desenho...

(Nao, não são ciúmes. E estou a discutir isto real time com a minha outra namorada. Que é namorada da outra também. Um triângulo quase perfeito)

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