Showing posts with label gossip. Show all posts
Showing posts with label gossip. Show all posts

1.10.2011

Imprensa cor de rosa, vermelha-sangue e cor de lama...

Imprensa cor de rosa, vermelha-sangue e cor de lama... e não só a imprensa, mas a politica, ou a rua...

Simplesmente, e também como pessoa poly, mete me **nojo** toda a especulação cusca e toda exploração politica da morte do Carlos Castro... uns dizem que foi violência domestica, outros vingança, outros tráfego de influencias... uns dizem que isto é a prova de que os gays são pessoas piores que as outras... outros dizem que isto prova que os gays sao pessoas iguais às outras.. outros dizem que isto prova precisamente que os gays são melhores.. outros dizem que não tem nada a ver com orientação sexual, outros que têm... uns vêm uma história cheia de sordidez, outros uma versão maravilhosamente recauchutada do conto de fadas da actualidade.... e por fim, e resumindo, toca a especular com o que é que fazia aquelas pessoas mexer, o que é que as motivação, de repente toda a tragédia que as engoliu passou a ser uma coisa política para ser usada politicamente, ou simplesmente dissecada por quem não tem mais nada que fazer...

algumas pérolas...
http://www.ionline.pt/conteudo/97636-carlos-castro-assassinio-do-cronista-nao-abalou-mundo-lgbt
http://www.publico.pt/Sociedade/renato-seabra-tera-confessado-homicidio-de-carlos-castro_1474438

relembro que no "rectângulo" e regiões adjacentes, morrem por ano centenas de pessoas, na maioria mulheres, vitimas da violência domestica. Não fazem parangonas, nem politica, nem baixa conversa no cabeleireiro, imprensa cor de rosa ou sanguinária, ou mesmo no mais baixo da cadeia alimentar, o facebook...

Definitivamente... Não têm mais nada que fazer? não tendes agendas politicas próprias e válidas por si mesmo? A vida privada das pessoas não vos diz respeito! Ide especular sobre as vossas vidas, que bem precisam, Antas e Dantas desta Terra...

.

10.16.2010

Oh, whistle, and I will come to you, my lad!

Ameacei começar e continuar a falar de trios há quase um ano....e na verdade este texto tem também quase um ano (sou vaga de propósito acerca das datas para proteger a identidade das pessoas a que diz respeito)



"Continuo por aqui muito contente com o meu trio, uma das componentes da minha vida emocional raramente aborrecida. Estava relutante em falar disto porque ainda não definimos a coisa, e até porque precisamente o não ter definido a coisa com elas me estava a fazer comichão, a mim, académica empedernida. Até que tive uma epifânia, por voz de uma delas, a mais prática e mais "novata" nestas andanças não monogamicas, a propósito do sentimento que tem acerca de ter uma neta que é, para os mais técnicos de vós, a neta da ex-namorada: "Eu não quero saber o que é que vocês lhe chamam ou mesmo eu cá por dentro lhe chamo, mas o que me interessa é o que eu faço ou que esperam que eu faço. Estou me a borrifar como se chama a relação que tenho com ela. Eu só sei que a minha neta precisa de mim, apita, assobia, ri ou chora, e eu estou lá no mesmo instante". E sim, se calhar não é preciso ir buscar o arsenal de nomes e definições.. Somos amigas? Somos amantes? Queremos ser amantes? Queremos ser amigas? o que é que isso interessa se se calhar até temos nomes iguais para práticas diferentes ou nomes diferentes práticas? se calhar a coisa é toda simplificada por concordarmos no que queremos fazer juntas e no que queremos dar umas às outras. E o resto fica para discutir ociosamente num dia de chuva preguiçosamente passado em casa.

E para quem tudo isto é muito pessoal, fica mais um livrinho mais ou menos indiscreto acerca de trios. Para quem leu o seu Jack Kerouac "On the Road" e tem olho para especular para além das aparências, o livro Off the Road: Twenty Years with Cassady, Kerouac and Ginsberg by Carolyn Cassady não trará surpresas. Trocando por miúdos, a mulher de Neal, e amante de Jack, conta a sua versão dos acontecimentos que deram origem a "on the Road" e da sua vida com o seu marido - o modelo para a personagem Dean Moriartry. Por um lado ela revela claramente o que se passa entre Jack e Neal, mas apenas sugere ambiguamente uma relação física entre os dois homens."

.

7.05.2010

Gatxs na caixa

Mesmo quem não gosta ou não tem de trabalhar com Física ou Física Quântica, conhece o nome de Schrödinger. Toda a gente conhece a história do gato de Schrödinger, como veiculo para explicar o principio de Indeterminação de Heisenberg (não é possível saber simultânea e absolutamente a localização e velocidade de uma partícula), em que o abrir de uma caixa para ver se o gato está morto (indicador do sucesso de uma dada experiência), mata o gato caso ele não esteja já morto. Adiante, talvez não a melhor maneira de começar um artigo sobre poly, mas vão ver que isto é pertinente...

Em língua alemã diz se, acerca de contar factos difíceis da vida privada, tirar gatos do saco, e provavelmente é daí que vem a historia do gato. Fazer um come out poly é tirar um gato do saco. Depois de tirar o gato do saco, o gajo esgatanha tudo e mais alguma coisa e não o conseguimos voltar a por la dentro.
Come out feito, é come out definitivo.

Schrödinger vivia com duas mulheres
, em conhecimento e consentimento. Não o escondia. Teve problemas na sua vida profissional com isso. A Wikipédia é vossa amiga. Está lá tudo.

http://en.wikipedia.org/wiki/Erwin_Schr%C3%B6dinger


.

11.11.2009

Schiller, 250o Aniversário

A 10 de Novembro de 2009 celebrou-se o aniversário de Schiller.
Neste artigo do SPIEGEL, em alemão, há umas frases que chamam a atenção de olhos mais galdéricos.

http://su.pr/4RfKpA

A fonte é uma abundante colecção de apontamentos do seu amigo de juventude Johann Wilhelm Peterse.

Parece que "alguns dos seus conhecidos foram testemunhas, de que durante suas quecas, rugindo e esperneando, não tomaria menos de 25 doses de rapé"

mas isto é apenas um fait-divers, uma cusquice, talvez grosseira, dos seus tempos de juventude e de médico-soldado, e das suas quecas mágicas, muitas vezes em grupo.

Prefiro chamar a atenção para o seguinte:

"(Schiller) via-se como cidadão do mundo, servo de nenhum senhor. durante muito tempo quis não se ligar a nenhuma mulher em especial, mas por fim apaixonou-se por duas irmãs. Ter-se-ia casado com as duas, mas teve de se decidir por uma delas"

Nomeadamente: "Dia 15 de Novembro de 1789, pela tarde, Schiller sentou-se à secretária e fez o impossível: Declarou às duas jovens, na mesma carta, o seu amor por ambas. Era do seu conhecimento, há bastante tempo, que ambas estavam apaixonadas e queriam viver com ele - Como tudo seria posto em prática, não é claro até à data."


.

1.26.2008

A monogamia maça-me à loucura





(obrigada á NT pela dica)

"O amor e o casal não me tranquilizam. " A frase surge numa nada tímida entrevista, concedida à Madame Figaro (suplemento de fim-de-semana do jornal francês Le Figaro) aquando do lançamento do disco "No promises", no início de 2007.


Não, Carla Bruni não parece dada a fazer grandes promessas nem, tão-pouco, a crer nelas. "Sou fiel... A mim mesma", confessa, com uma gargalhada. "A monogamia maça-me à loucura, mesmo se o meu desejo e o meu tempo podem estar ligados a uma pessoa e não nego o carácter maravilhoso do aprofundar da intimidade. Sou monógama de tempos a tempos, mas prefiro a poligamia e a poliandria.


"Não é todos os dias que alguém diz uma coisas destas, assim, sem pestanejar, sem negar a seguir nem pôr um processo ao jornalista a quem falou. Sobretudo quando, como era o caso à época, esse alguém vivia com outro alguém - Raphaël Enthoven, o pai do seu filho Aurelian, que fez em 2007 seis anos - e mesmo assim não se inibia de afirmar: "O amor dura muito tempo, mas o desejo ardente, duas a três semanas. Depois disso, pode sempre renascer das suas cinzas mas, de qualquer modo, quando o desejo está satisfeito, transforma-se. Não procuro muito a estabilidade. Nunca me sinto em casal, embora tenha um amante que amo e que vive comigo. É o meu lado rapaz. Como os homens, sei muito bem compartimentar as coisas. Sei muito bem fazer isso e com uma vantagem: a minha precisão feminina." A entrevista diz que ela ri aqui, de novo, para concluir: "Nunca me queixo! Sou mesmo assim completamente mulher no que respeita a certos sentimentos supostamente femininos que me invadem às vezes: a responsabilidade, a culpa, o remorso. Mas isso passa e volto a ser uma espécie de kamikaze que não quer senão uma coisa: viver, viver, viver!"