7.22.2009

Poly na TV (Espanha)

Da Diana, a organizadora do programa de rádio "a Casa dos Mil Quartos"...

... me permito recomendar tres ligas de videos de un programa español que tocan diversos temas entre ellos el de diferentes tipos de parejas, además de las ventajas y desventajas de vivir juntos, y por supuesto el Poliamor.

Échenle un vistazo.Compartan plisss que les parece.

Primeira parte:
Segunda parte:
Terceira parte: (aquí se aborda directamente el tema poly)
http://www.youtube.com/watch?v=Crumvmi95UM

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7.18.2009

Research: LGBT/Q families/parents in radical socio-political contexts

Divulgo, porque poly relevante e poly on topic:

(entrem em contacto através do site abaixo indicado, quer para receberem o abstract quer para saberem mais, ou mesmo para participarem)


Hello,
I'm doing research, together with 2 other people, about "LGBT/Q families/parents in radical/autonomous socio-political contexts". We are seeking participants who are part of alternative political (radical and libertarian groups), social (squats, communes) and/or
cultural (polyamory, queer, S/M) contexts. We are interested in non-ordinary (or non nuclear family) households which are containing at least one LGBT/Q person with/and children/child. We would like to ask them about their experiences in everyday life, about their visions (utopian, political, social ones) and their relationships towards radical contexts and wider society.

Because of purpose of this research (Conference on LGBT families in Ljubljana, October) we would prefere participants from "new" European countries (e.g. Poland) or other Eastern countries, but it's not neccessary. Imperative will be interesting biography/story.

Bacuese of the geographical distance we'll not be able to do all interviews face to face, but we woould appreciate if participants would take some time and answer us per e-mail...

I'm also sending you are (working) abstract...

So if anyone knows some person/s who can be inetersting for us, please forward this e-mail and feel free to contact us. We would be very gratefull!

solidarity greetings,
Mate

www.masa-hr.org



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7.15.2009

Leonard Cohen - famous blue raincoat

Leonard Cohen - Famous Blue Raincoat Lyrics

It's four in the morning, the end of DecemberI
'm writing you now just to see if you're better
New York is cold, but I like where I'm living
There's music on Clinton Street all through the evening.

I hear that you're building your little house deep in the desert
You're living for nothing now, I hope you're keeping some kind of record.

Yes, and Jane came by with a lock of your hair
She said that you gave it to her
That night that you planned to go clear
Did you ever go clear?

Ah, the last time we saw you you looked so much older
Your famous blue raincoat was torn at the shoulder
You'd been to the station to meet every train
And you came home without Lili Marlene

And you treated my woman to a flake of your life
And when she came back she was nobody's wife.

Well I see you there with the rose in your teeth
One more thin gypsy thief
Well I see Jane's awake --

She sends her regards.
And what can I tell you my brother, my killer
What can I possibly say?I guess that I miss you, I guess I forgive you
I'm glad you stood in my way.

If you ever come by here, for Jane or for me
Your enemy is sleeping, and his woman is free.

Yes, and thanks, for the trouble you took from her eyes
I thought it was there for good so I never tried.

And Jane came by with a lock of your hair
She said that you gave it to her
That night that you planned to go clear

Interpretado por Tori Amos:

7.12.2009

Pequeno resumo da IV Marcha do orgulho LGBT no Porto

Olé,

A um grande manifesto associou-se uma grande marcha.

A marcha reflectiu o manifesto. uma marcha corajosa, que não se limita míope ou defensivamente apenas aos temas "tipicamente" LGBT mas que almeja e alveja mais longe, a termos e construirmos, activamente, uma sociedade, de facto (E não apenas em teoria) mais diversa, universal e inclusiva como método de resolver a maioria das injustiças, LGBTs ou não, e com a mesma cajadada os tais problemas "tipicamente LGBT".

A marcha do Porto mostrou que tem alma, e que tem músculo a condizer e vontade de fazer muita coisa. Gosto de ver que a Marcha do Orgulho LGBT do Porto está bem, recomenda-se, e que veio para ficar.

No que me diz respeito, independentemente da minha parcialidade com esta marcha, e do papel indissociável que esta marcha tem na visibilidade poly, acho esta marcha única e um exemplo a seguir, vanguardista de facto nas marchas do orgulho europeias (e olhem que eu conheço umas quantas)

A organização está de parabéns!

Fotografias e captação de som (manifesto e discursos dos madrinhos e padrinhas), ficarão para 156as núpcias...

Nos jornais ainda não apareceu nada, que eu visse, para além disto:

http://jpn.icicom.up.pt/2008/07/12/porto_a_marcha_do_orgulho_e_um_dia_mas_as_causas_sao_o_ano_todo.html

por hoje fiquemos por aqui..

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7.11.2009

Mononormatividade


Isto é um extracto de algo que escrevi especificamente para o http://www.polyportugal.blogspot.com/, mas que na verdade queria escrever aqui (no Laundry List) há muito tempo. o post no http://www.polyportugal.blogspot.com/ teve de ser cortado por excesso de palavras (mea culpa, espalho cinzas na pele).. Publico aqui não na integra, mas com cortes noutros sítios, uma vez que os leitores do Laundry List já sabem ao que vêem...

Dito tudo isto, esta posta hoje é sobre uma das minhas palavras favoritas: mononormatividade. (a palavra foi inventada primeiro como slang, e pegou como "exagero" ou superlativo de "normativo") Ou seja, todos os mecanismos que fazem com que nos comportemos de maneira pré formatada... é a pressão social que nos diz que ser gay ou não monogâmico é errado, é a pressão que faz com que não vamos trabalhar de calções, mesmo que isso não afecte a nossa competência, ou não dizer ao chefe que não somos do Benfica, é tudo o que nos impele para um sentimento de minoria que se livraria de sarilhos se passasse a ser maioria, ou que, no caso de não impelir, nos tornam eventualmente alvos de discriminação (não se pode mudar a raça, a nacionalidade, a idade, por exemplo..).

Reparem que, atabalhoada como poderá ser a minha explicação, mononormatividade não é a mesma coisa que discriminação, embora mononormatividade quase sempre seja discriminatória..

Mononormatividade é algo muito intrinsecamente poly (vou a partir de agora chamar poly a tudo que seja Não Monogamia Responsável, ok?). Não só poly é contra as convenções sociais (e muitas vezes contra leis), como não há uma maneira única de ser ou pensar poly. Há talvez alguns arquétipos, algumas configurações mais frequentes, mas precisamente o assumir de um modo de vida em que a sinceridade (consigo próprio e outros) está acima da monogamia torna as coisas menos binárias, menos estanques e mais fluidas.

Mononormatividade é um tema muito vasto e hoje quero deixar-vos apenas os acepipes como entrada, e mais para a frente e conforme o vosso interesse podemos pegar ou aprofundar outros aspectos..

Um dado interessante e que é um bom ponto de partida, é que mesmo pessoas que não vivem poly, mas que não encaixam no modelo do casal monogâmico, são encaradas com desconfiança. As constituições dos países ocidentais, têm, desde há relativamente pouco tempo (80 anos), explicitamente passado a mensagem que a base da sociedade é a família e não mais o individuo (Comparem as primeiras constituições europeias de há +180 anos com as de agora).

Pessoas que vivem sozinhas, e que até sejam felizes (Quirky Alone), são vistas como doentes ou uma excepção à utopia da felicidade universal, ou mesmo um perigo para a sociedade. Mecanismos como o swing ou a neo-monogamia, com tudo o que têm de libertário, começam a ser bem vistos apenas desde que não haja envolvimento emocional e o casalinho original se mantenha intacto. Criticas, construtivas ou não, feitas ao casamento tal como ele é, são anátema para muitos políticos (por ex: Deputada critica casamento) que preferem nem se meter nisso. Evidência histórica que o casamento já foi uma instituição diferente, ou que houve outros contractos sociais paralelos (ver Affrérements ou casamentos entre homens na península ibérica até ao séc. XI) com diferentes papeis, e diferentes expectativas, é sistematicamente esquecido... Algo que cheire a "promiscuidade" é sempre o culpado dos tremores de terra, epidemias, e um par de botas, em vez de se procurar as verdadeiras causas e actuar sobre elas... Mas pular a cerca nunca será uma causa de tremores de terra, porque não conta como promiscuidade, não ameaça o par original..

Prometo então continuar a falar não só de Não Monogamia responsável, mas de tudo o que seja sex positive, mesmo que não seja do meu agrado, simplesmente por ser sex-positive ou simplesmente libertário. Entendo que ninguém, nem Estado nem vizinhança, tem o direito ou sequer o capricho de interferir no que dois (ou três, ou vinte) adultos consentâneo fazem uns com os outros, por uma noite ou por uma vida inteira. Por outro lado, é contra os pilares de uma sociedade que se diz livre, inclusiva e diversa, que tal interferência, por Estado ou vizinhança ou empregador aconteça. Ficou claro?obrigada por lerem, e agradeço os vossos comentários e perguntas.

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Manifesto da 4a Marcha do Orgulho LGBT Porto

Sábado, 11 de Julho15 horasPraça da República
:: Manifesto da Marcha do Orgulho LGBT no Porto 2009 ::

Há 40 anos, no bar Stonewall Inn, em Nova Iorque, pessoas homossexuais, bissexuais e transgéneras revoltaram-se e pela primeira vez reagiram e defenderam-se dos sistemáticos actos de agressão e opressão das forças policiais. Foi o início da luta pelos direitos das pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais/Transgéneras (LGBT). No ano seguinte, realizou-se a primeira Marcha do Orgulho LGBT – orgulho pela coragem de resistir.

No Porto, a 1ª Marcha do Orgulho LGBT foi impulsionada pelo brutal assassinato de Gisberta Salce Júnior, uma mulher transexual. Estávamos em 2006 e pedíamos “um presente sem violência, um futuro sem diferença”. 2007 foi o Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos. As uniões de facto foram finalmente reconhecidas no Código Penal, sem distinguir casais de pessoas do mesmo sexo e casais de pessoas de sexo diferente. Por outro lado, apesar de muito se ter falado na necessidade de pôr termo à discriminação das mulheres no trabalho, nada se disse, por exemplo, sobre a dificuldade que transexuais e transgéneros têm em conseguir um emprego. Exigimos a inclusão da identidade de género no artigo 13º da Constituição da República Portuguesa e uma Lei de Identidade de Género Porque a igualdade de direitos não é adiável ou negociável, exigimos a cidadania plena para todas e todos.

Ano após ano, lembramos que o Estado tem a obrigação de se empenhar activamente na luta contra o preconceito. Porque a educação é fundamental, exigimos acções de formação anti-discriminação nas escolas, nos tribunais, nos estabelecimentos de saúde, nas esquadras. Em todos os pilares da democracia. Em 2008 congratulámo-nos com as medidas tomadas no âmbito da educação para uma saúde responsável, mas lamentámos o facto de a educação continuar a ter como base um modelo heteronormativo, que não corresponde à pluralidade das práticas familiares do Portugal do século XXI.

Na linha de todos os alertas e reivindicações que temos vindo a fazer, hoje pedimos a todas e todos que façam connosco uma reflexão sobre uma temática transversal e central de todas as sociedades: a FAMÍLIA.

Os argumentos em defesa do que é normal e tradicional são recorrentes quando se fala de famílias que não obedecem ao paradigma 1 homem +1 mulher = filhos. Mas o que é "normal"?
No Império Romano havia escravatura. Era normal. Diversas formas de escravatura são ainda consideradas normais em vários locais do mundo. No entanto, Portugal foi um dos primeiros países a abolir a escravatura, no século XVIII. A pena de morte também é histórica e ainda se aplica em diversos países. Portugal foi o terceiro país a abolir a Pena Capital, em finais do século XIX.

Avancemos para meados do século XX e para as coisas normais do mundo ocidental. O casamento inter-racial era proibido em muitos países, sob a justificação de que iria desvirtuar a instituição do casamento e porque a seguir teríamos o incesto e a bestialidade. Era normal obrigar os canhotos e escrever com a mão direita. Era normal os surdos não terem uma língua própria. Era normal os negros serem obrigados a viajar na parte de trás dos autocarros. Era normal uma mulher primeiro ser propriedade do pai para depois ser propriedade do marido. Era normal as mulheres não poderem votar nem usar calças de ganga. Era normal dizer-se que o preservativo e a pílula iam acabar com a família. Era normal haver filhos em todos os casamentos. Era normal o casamento ser para toda a vida mesmo que as pessoas fossem infelizes.

O normal é o que a maior parte das pessoas faz, ou acredita que se faz, num determinado momento. Não quer dizer que as práticas minoritárias estejam erradas. Aliás, o normal muda com os tempos...

Não se pode negar a diversidade de modelos familiares existente.

Um lar pode ter como núcleo um relacionamento monogâmico entre um homem e uma mulher, entre dois homens, ou entre duas mulheres. Mas também há relacionamentos amorosos responsáveis entre mais de duas pessoas. Assim como há famílias cuja base é a amizade, e não o amor, ou o sangue. Todas estas famílias existem. Umas têm filhos, biológicos ou adoptados, outras não.

O problema é que algumas destas famílias não são reconhecidas pelo Estado, ou são tratadas como famílias de segunda.

Há menos de 100 anos, o casamento normal seria a união entre duas pessoas com a mesma cor de pele, a mesma religião, do mesmo estrato social e de sexo diferente. Permitiu-se a anormalidade dos casamentos inter-raciais, a modernice de casar por amor, a leviandade de não se pensar nos interesses religiosos ou patrimoniais das famílias. Permitiu-se o amor. O casamento passou assim a ser o coroar de uma relação, o querermos que seja “para sempre” (pelo menos até ao dia do divórcio). As pessoas com orientações afectivas ou sexuais diferentes da maioria também cresceram neste país, e é normal que vejam no casamento civil a legitimação e dignificação do amor que sentem por outra pessoa.

E é disso que falamos: de amor.

Nem todos temos o desejo de encontrar a alma gémea, casar e ter filhos. Mas quem tem esse sonho deve ter igualdade de acesso ao casamento civil. Todos devemos ter o direito de escolher o modelo de família com que mais nos identifiquemos, e o estado tem de dar as mesmas oportunidades a todos e todas.

É urgente que o Estado reconheça o direito à igualdade para todas as pessoas, para todas as famílias. É necessário que ninguém seja discriminado. Somos uma sociedade diversa. Sejamos verdadeiramente inclusivos.Por tudo isto marchamos e afirmamos:

“Na felicidade e na dor, o que faz a família é o amor!”


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Os Idiotas, de Lars von Trier (porque?)

Para críticas cinematográficas de "Os Idiotas" de Lars von Trier, que não vão encontrar aqui, dirijam se ao Rotten Tomatoes.

Neste filme, gostei muito, pelo seu poly indeed e por me entrar pelo coração adentro, da cena da cuddling-party (apresentada como orgia).

já que se desconstrói tudo, se se descontrai toda a relatividade social, realmente porque não começar aos beijos, aos abraços e tudo o resto? Não será uma consequência natural, começar aos beijos e aos abraços a muita gente a partir do momento, em que por decidirmos ser como os Idiotas ou não, nos despimos de condicionamento social?


7.07.2009

MARCHA DO ORGULHO DA MONOGAMIA COMPULSIVA?

Sem acrescentar mais nada...


MARCHA DO ORGULHO DA MONOGAMIA COMPULSIVA?

MOVIMENTO LGBTM - Lésbicas, Gays, bi e Trans MONOGÂMICOS?

http://panterasrosa.blogspot.com/2009/07/e-ja-no-sabado.html

Estarei (provavelmente) no Porto :-) irei para participar na marcha que ajudei a nascer, e para abraçar e confraternizar pessoalmente com as pessoas que se empenharam pessoalmente na deste ano e dos outros. Com poly fobia ou não. Levo a minha t-shirt poly. Até lá!

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Dois homens educam uma criança não estando juntos

Há quem ache que é preciso um casal, dois adultos em relação amorosa para educar uma criança.

Que tal duas pessoas, neste caso específico, dois homens, que são amigos, não interessa para o caso, mas são heterossexuais, e nem sequer grandes amigos, mas que decidiram educar uma criança juntos?

porque é que isto é poly? porque sai fora das categorias de relação esperadas entre as pessoas.

"que relação tem com esse senhor?"
"é o pai da minha filha"
"ah, é seu namorado"
"não, nem de perto nem de longe"

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7.03.2009

Marcha Orgulho LGBT Porto 2009

Na felicidade e na dor, o que faz a família é o amor.

Provavelmente um dos melhores lemas de sempre. Talvez peque por ser
demasiado subtil, nem toda a gente vai perceber as inúmeras e profundas
implicações em vários temas actuais. Mas gosto muito. Lá estarei, se
tudo correr como planeado.

PolyPortugal na co-organização


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