4.30.2007

ciclo de cinema poliamoroso em Oldenburgo (cont.)


Ciclo de cinema "Amor fora da gavetinha 'a dois': facetas de vidas poliamorosas".


Um mini festival de cinema sobre poliamor vai ter lugar de 5 a 8 Julho deste ano em Oldenburg, Alemanha (detalhes abaixo). Além dos filmes, vai ser organisado um programa paralelo que mostre de perspectivas diferentes práticas poliamorosas e o seu relacionamento com a comunidade.


A equipa que organisa este festival é um grupo (sem fins lucrativos) de pessoas, que se articularam com o objectivo comum de reforcar a visibilidade poliamorosa junto do público em geral.


O programa nao se encontra ainda completamente definido. Está se ainda á procura de filmes (Curtas-metragens sao bem vindas) - de preferência queer, newcomer, underground. Já entretanto seleccionados estao: "Women in Love", "Obsession", "Heads in the Clouds", "When two won't do", "Em busca do marido da minha mulher (de)", "Wild Side", "Chill out", "Marisco (de)" e "petit voyage".




Acerca do programa paralelo:

Além de uma apresentacao por Gwendolin Altenhöfer e Katrin Wilhelm sobre a história do movimento Poliamor ilustrada com exemplos das suas historias pessoais, serao também organisadas workshops relacionadas com o tema (Resolucao de conflitos para pessoas envolvidas em varias relacoes por Gudrun Kittel, Colónia, é um dos temas confirmados). Ao longo dos 4 dias será proporcionado espaco para discussoes e eventualmente, haverá uma instalacao permanente de uma "workshop Galdéria Ética" por Janet Hardy. No domingo de manha, será servido um brunch acompanhado de leitura de trechos do livro "Um pequeno almoco a três". Na tarde do mesmo dia, e como encerramento, haverá um encontro com todos os interessados para que possam estabelecer contactos entre si e reforcar a sua "network". É possível providenciar babysitting se a organisacao for avisada com antecendência.


O programa final pode ser distribuido aos interessados a partir de Maio.

Quando: 5.-8.Juli 2007
Onde: Cine-K in der Kulturetage, Bahnhofstsr.11, Oldenburg
Contacto: lisa_bokemeyer2000@yahoo.de
poldis.ol@googlemail.com

4.27.2007

Niketsche, uma historia de poligamia, no "Maria vai com as outras"


(obrigada á LR pela tip)

Este domingo, leitura no "Maria vai com as outras", na rua do Almada, Porto. Continuo na mesma linha de pegar na poligamia, assinalar as diferencas (muitas) e as semelhancas (menos) com certos tipos de poliamor. A leitura vai ser extraida do livro "Niketsche, uma história de poligamia"

http://maria-vai-com-as-outras.blogspot.com/2007/04/grupo-de-leitura-da-maria.html


(a sinopse abaixo foi tirada de http://html.editorial-caminho.pt/show_produto__q1area_--_3Dcatalogo__--_3D_obj_--_3D36004__q236__q30__q41__q5.htm)



Niketche. Uma História de Poligamia Paulina Chiziane




Rami, casada há vinte anos com Tony, um alto funcionário da polícia, de quem tem vários filhos, descobre que o partilha com várias mulheres, com as quais ele constituiu outras famílias. O seu casamento, de «papel passado» e aliança no dedo, resume-se afinal a um irónico drama de que ela é apenas uma das personagens. Numa procura febril, Rami obriga-se a conhecer «as outras». O seu marido é um polígamo! Na via dolorosa que então começa, séculos de tradição e de costumes, a crueldade da vida e as diferenças abissais de cultura entre o norte e o sul da terra que é sua, esmagam-na. E só a sabedoria infinita que o sofrimento provoca lhe vai apontando o rumo num labirinto de emoções, de revelações, de contradições e perigosas ambiguidades. Poligamia e monogamia, que significado assumem? Cultura, institucionalização, hipocrisia, comodismo, convenção ou a condição natural de se ser humano, no quadro da inteligência e dos afectos? Paulina Chiziane estende-nos o fio de Ariadne e guia-nos com o desassombro, a perícia e a verdade de quem conhece o direito e o avesso da aventura de viver a vida. Niketche, dança de amor e erotismo, é um espelho em que nos vemos e revemos, mas no qual, seguramente, só alguns de nós admitirão reflectir-se.

Dizem que sou romancista e que fui a primeira mulher moçambicana a escrever um romance (Balada de Amor ao Vento, 1990), mas eu afirmo: sou contadora de estórias e não romancista. Escrevo livros com muitas estórias, estórias grandes e pequenas. Inspiro-me nos contos à volta da fogueira, minha primeira escola de arte. Nasci em 1955 em Manjacaze. Frequentei estudos superiores que não concluí. Actualmente vivo e trabalho na Zambézia, onde encontrei inspiração para escrever este livro.

4.15.2007

"o amor ideal é a três"




Este blog está de momento "para lavar" por problemas na constelacao poliamorosa (problemas esses alheios á sua natureza poliamorosa). Basicamente estou sem cabeca para nada, até isto ir ao lugar.

(Agradeco á F.C. a tip)



A partir de dia 12 de Abril corrente e até dia 15. vai ser exibida no Centro Cultural de Belém, uma adaptacao ao teatro da conhecida correspondência entre Rilke, Pasternak e Tsvetaieva. Esta adaptacao, encenada por Inês de Medeiros, chama-se simplesmente "Correspondência a três".

Para quem quiser saber mais e nao quiser contar que eu ultrapasse a minha actual crise para garatujar qualquer coisinha (pelos vistos podem esperar sentados), podem ler a mesma correspondencia (editada recentemente pela Assirio e Alvim) já que o Público, que editou um artigo bastante bom no suplemento Ipsilon de 6 de Abril, nao suporta artigos online (para nao assinantes) que tenham mais de uma semana (continuam a nao gostar de ser citados).
Há tambem um resumo muito bom duma publicacao das mesmas cartas em inglês (The Big Three):
(o amor a três é bastante bom, mas nao concordo que seja o ideal: cada um sabe de si e do seu numero mágico)