12.27.2007

Encontro poly em Lisboa, 28 Dezembro

Amanhã, encontro e tertúlia sobre poliamor com o habitual grupo de Lisboa da comunidade electrónica PolyPortugal.

Será ás 21h, na zona da Baixa/Socorro (p´raí). Quem quiser ainda aparecer, deixe um comentário neste post até amanhã ao meio dia para receber o resto das indicações.

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12.16.2007

Rolling Stones I am free

Rolling Stones I am free

http://www.lyricsfreak.com/r/rolling+stones/im+free_20117891.html

Im free to do what I want any old time
Im free to do what I want any old time

So love me hold me love me hold me

Im free any old time to get what I want
Im free to sing my song knowing its out of trend
Im free to sing my song knowing its out of trend

So love me hold me love me hold me
cause Im free any old time to get what I want

So love me hold me love me hold me

Im free any old time to get what I want
Im free to choose who I see any old time
Im free to bring who I choose any old time

Love me hold me love me hold me
Im free any old time to get what I want

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12.10.2007

Categorização


Coisicas que me irritam, independentemente das "minorias que eu sou" na minha vida, poliamor, lésbica, vegetariana, estrangeira onde vivo, ateísmo, são as gavetinhas, categorizar.. Somos constantemente categorizados.. por ser homem, mulher, a nossa origem cultural, a cor da pele, a pronúncia, tipo de roupa, profissão, religião, tamanho, orientação sexual, deficiência, relationship status etc etc etc...

Para quem não está habituado a este tipo de argumentação, que experimente uma das situações seguintes... ir viver para o estrangeiro, nem precisa de ser um estrangeiro muito exótico, Alemanhas ou Francas são mais que suficientes, e ouvir pérolas como "se és portuguesa tens de ser católica, conservadora, monogâmica, heterossexual, retrógrada, cozinhar bem, ter mau feitio, dançar bem" e mais todo um chorrilho de asneiras que nem vos passa. Ou simplesmente, ir como mulher, jantar com um amigo gaijo a um restaurante velha guarda (ou não) em Lisboa e ver quem é que recebe a conta. Querem apostar? Sou tratada de maneira diferente em situações onde as pessoas não me conhecem simplesmente porque as pessoas fazem a categorizar automaticamente... Sou tratada de maneira diferente consoante se me apresento como "solteira" ou não, como "poliamorosa" ou não, como lésbica ou não.

A categorizar, tal como o medo, é um mecanismo protector. É bom categorizar os leões como animais que nos podem trincar o pescoço e mais o resto. mas tal como o medo, o que é demais ou deixa de ser critico é igualmente perigoso e erróneo. A categorizar em extremo leva a racismo, machismo etc.

Nao é por ser mulher que eu vou ser A, B, C e D (exemplos de coisas As Bs e Cs seriam coisas como gostar de cozinhar, ser boa comunicadora, estacionar mal, ir à missa, dancar salsa, tirar os pelos) e não é por eu recusar A ou C que me torno automaticamente menos mulher. Isto não é necessário demonstrar, assumo que toda a gente que lê este blog já sabe isto e não precisa de que o repitam. Mas porque não ir um pouco mais além? Porque não subverter tudo isto? Porque não assumir uma intersexualidade política? Porque repetir alto e bom som "All gender is drag (Patti Smith)"? Porque na verdade o género é uma construção social, na qual variação individual é permitida ma non troppo. Mas essa variação individual pode ser, além de um acto político, um acto de grande diversão.

Em toda a Europa, a propósito de toda a discussão trans, que tem sido extendida para alem duma questão politica, tem havido um sector inquieto de pessoas que se definem como nem homem nem mulher, e desconstroem de maneira hábil e divertida os clichés de género com festas, marchas e performances. Amigas minhas começam a definir-se como intergénero e a recusar se a preencher o quadradinho do "género" em inquéritos de mercado.



Deixo vos o prazer da investigação, peguem no web-browser da vossa preferência e usem keywords como: gender benders, gender blenders, after gender, any gender is drag, any gender is dreck...

e peguem nas barbas postiças, saias, eyeliner, kilts, cartucheiras, verniz e façam um carnaval, mas melhorado, e façam uma festa em que toda a gente faca o mesmo!!!

Sugestão prática para todxs: guardem um pouco do vosso cabelo quando o cortarem. Comprem cola de silicone, embora goma arábica também funcione bem, espalhem na cara e usem um pincel de make up daqueles grandalhões para espalhar os pêlos. Dá uma barba muuuuuuuito credível. Usem as viagens de metro e os tempos mortos do vosso dia a dia para descobrirem qual a barba que vos agrada mais e que vos fica melhor. Eu por exemplo gosto muito da barba de "professor de história" mas faz muita comichão!

http://plone.ladyfestwien.org/program/workshops/any-gender-is-drag-all-gender-is-dreck-ein-gendermixworkshop
(scroll down para inglês)

http://plone.ladyfestwien.org/program/etc/any-gender-is-drag-all-gender-is-dreck-muenchen
(scroll down para inglês)

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Ladyfest Munique Janeiro 08











12.07.2007

Alguem conhece o Alfabeto Manual Português?

(imagem tirada de http://profsurdogoulao1.no.sapo.pt/)


Estamos no Ano Europeu de Igualdade de Oportunidades. http://www.igualdades2007.com.pt/

Este blog é uma obsecao pegada com poliamor, queer e feministas, mas a questão do tratamento e percepção das minorias acaba por vir cá ter, de vez em quando, um pouco por acaso, outras vezes não.


Desta vez não é por acaso, é por razoes pessoais :-) que alguns de vocês conhecem.

Há cerca de 30.000 surdos em Portugal, e, fazendo uma comparação provocadora, uma incidência comparável à transsexualidade (1:1000 a 1:2000), se quisermos pegar numa estatística que os leitores habituais deste blog (comunidade LGBT) talvez conheçam melhor. Nao vou discutir a quantidade de enorme de trabalho que falta fazer neste tema a nível politico e/ou institucional, deixo-vos esse trabalho googliano, e para quem nunca viveu de perto com a situação, aviso que é mesmo muito o que está por fazer. Queria pegar apenas no ponto de vista do cidadão comum ou mesmo na percepção solidária dentro, por exemplo, das Comunidades/Associações LGBT, que por serem discriminadas e terem um discurso/background de desejo de solidariedade, respeito da diferença, etc, talvez pudessem/devessem ter maior sensibilidade para o caso.

No meu artigo sobre o Encontro Lésbico da Primavera, LFT (http://laundrylst.blogspot.com/2007/06/resumo-geral-do-lft-encontro-lesbico-de.html) referi a enorme solidariedade presente em todo o evento: assistentes de cadeiras de rodas, mobilidade assegurada, tradutoras em língua gestual, you name it. Precisamente as associações LGBT deveriam tentar chegar especificamente pessoas que têm uma vida duplamente discriminada e excluída. Claro que é fácil falar, isto exige meios, mas pode se pelo menos espalhar uma cultura de "boa vontade"...
(iniciativa de louvar, o encontro "Discriminar não é Humano", organizado pelo núcleo da Amnistia Internacional de Matosinhos - ver http://grip-ilga.blogspot.com/ ou http://nucleodematosinhos.blogspot.com/)


Mas alguém sabe o básico? ou continua se a achar que aprender tal coisa (Língua Gestual Portuguesa http://pt.wikipedia.org/wiki/Língua_Gestual_Portuguesa) é só para os outros? para os que "precisam disso"? que "isso não é coisa que me faca falta"?

Eu diria pelo menos toca a aprender o alfabeto manual. Nos saudosos anos 70 em Portugal, em que se respirava solidariedade e a vontade de criar uma sociedade melhor, uma professora ensinou-nos o básico na escola. Pelo menos para dá se poder trocar meia dúzia de cortesias numa festa :-)

Este site, que descobri há pouco tempo, ensina a LGP com uma banda desenhada que é simplesmente deliciosa:

http://profsurdogoulao1.no.sapo.pt/
(tem links para os capítulos seguintes, substituam o 1 por outros algarismos!!!))

foi de lá que tirei a imagem acima, contendo o Alfabeto Manual Português!

Para aprender:

Divirtam-se!


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um blogue sobre sexologia


Está a começar, é heterocentrado, mas talvez pode ser útil (sim, continuo cheia de vontade de falar de sexo)

Descobri ao analisar os referers que apontam para aqui:
http://belizsexologia.blogspot.com/

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12.01.2007

Criancas biológicas de três progenitores


(imagem palmada por ser tão boa de www.juliopereira.pt)


De acordo com este artigo, usando técnicas de clonagem avançadas, daqui por 10 anos seria possível que três progenitores possam contribuir com material biológico para o nascimento de uma mesma criança.

Ergo, é possível que um trio de um homem e duas mulheres tenha uma criança biológica (por enquanto e por imperativos técnicos parece ser limitativo o ovo ter sido fertilizado de modo "convencional", mas os "espertos" que se pronunciem, que isso para mim são detalhes). Nao me vou debruçar se é correcto ou não, deixo isso á discrição dos leitores.

Os detalhes técnicos, científicos, assim como as acesas discussões legal e ética podem ser lidos aqui:

http://news.independent.co.uk/sci_tech/article3172139.ece

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