1.29.2005

O dia em que atirei a monogamia ás urtigas

Love anybody you want

É pena que não permitas mais postas sobre posting, porque é por aí mesmo que eu vou pegar. Para começar, nada como um título escandaloso, prometedor de escândalos e brejeirices para atrair público (querias) e aumentar o counter, e ao mesmo tempo exorcizar o problema de qual tema escolher.

Porquê este tema? bem, porque desde que montei este blog que tive um writers block. Só que este tema, que me é tão querido desde há alguns anos, não me sai da cabeça, mas "censurei-o" sempre (INTJ oblige? o grande control freak que pensa sempre nas consequências? o acessor de imprensa na minha cabeça? ou a preocupação com a minha reputação pessoal e profissional?)... Pois, censurei-o sempre, até agora, vou partir a loiça toda, e ele vem cá para fora.

Já expliquei como não tenho princípios. como acho que aquilo que é bom para Joana não é bom para Pedro. E muito menos para mim. Já te expliquei como acredito quase religiosamente no "ama e faz o que queres". Ou seja, faz o que entenderes desde que não passes ninguém a ferro nem percas o respeito por ti. Este é o ponto de partida.

A segunda premissa foi a sempre ver como as (a maior parte das) pessoas confunde rectidão moral com manter as aparências. Como casais se odeiam e seguem juntos. Ou como se estimam de modo relativo ou cortês e põem uma grande ênfase na indissolução dos laços que os ligam, mas na verdade vivem como estranhos com o nível de partilha que eu tenho com a senhora que me vende o tabaco no quiosque. Ou talvez com menos cumplicidade ainda.

A terceira foi sempre ter baseado todas as relações (em sentido lato) que eu tive numa base de confiança e verdade, quer fossem relações de trabalho, amizade ou amor. Por isso prefiro partilhar o que sinto, inclusivamente um potencial interesse noutras pessoas com a(s) pessoa(s) com quem estou envolvida e por quem me responsabilizo, e as inseguranças associadas, do que andar a fingir uma monogamia mental que é o adorno obrigatório na nossa sociedade para qualquer mulher virtuosa. A minha virtude não está aí. Está na minha honra e na confiança que podem depositar em mim. Por outras palavras, fui sempre leal por que nunca enganei nem magoei ninguém, mas nem sempre quis ser "fiel".

A quarta foi não acreditar na paixão e acreditar no amor. A paixão destrói e é irrealista. Tira mais do que dá. O amor é constante, constrói e é englobador. Acredito que as relações são o que as pessoas fazem delas e não o que nos educam e condicionam para ser.

A quinta é o prazer de saber para onde vou e para onde volto. E reciprocamente para quem está comigo.

Depois disso a minha-nossa vida não mudou muito em termos de praxis. Ninguém descobriu uma identidade abafada de D. Juan. Mas houve um grande alivio que sentimos em relação á percepção de nós próprios, em relação aos papeis que a sociedade te imperceptívelmente tenta "colar" à pele, e como te sentes mais indivíduo e mais verdadeiro/a. e como depois amas mais e melhor. Porque não se pode amar sem sinceridade.

Aguardo com sincera ansiedade os teus comentários. Há muito tempo que não cometia uma “imprudência” destas e me abria assim. Vou ficar um bocado á rasca com a tua reacção (as outras reacções sinceramente não me interessam). Acho que agora perceberás certos comentários e atitudes que ficaram por explicar.

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1.27.2005

A minha primeira aposta

A minha primeira aposta

A minha primeira aposta deste ano já a perdi nem sequer passaram duas semanas após a ter feito. Nem interessa o que era, era muito pessoal, e se calhar ainda bem que a perdi, fico cada vez mais na mesma e mais única, mais inútil e diletante.

A minha segunda aposta era começar este blog ou outro qualquer. Depois de ter inventado mil e um pretextos neuróticos para o não fazer por não o recomendar a prudência, por o anonimato nunca ser anonimato que se leve a sério no cyberespaco, e por se calhar acabar por contar mais do que a conta e adormecer ou chocar os meus queridos co-blogueurs, acabei por montar esta chafarica numa noite de impulso sem qualquer preocupação.

Achamos que havia interesse em publicar as nossas divagações. Achamos que havia interesse em guarda-las de modo que não se perdessem!

Claro que agora tudo o que eu tinha para debitar desapareceu como que por milagre. Estou a escrever isto por exorcismo a ver se corre o primeiro sangue e se para a próxima a inspiração volta.

Vamos ver!

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A minha primeira posta

Não me lembro da minha primeira posta de bacalhau. Não me lembro se me soube bem ou mal. Não me lembro se era cozida, assada ou à lagareiro. Mas uma coisa é certa, nunca me esquecerei da minha primeira posta neste blog!

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