(obrigada á NT pela dica)
"O amor e o casal não me tranquilizam. " A frase surge numa nada tímida entrevista, concedida à Madame Figaro (suplemento de fim-de-semana do jornal francês Le Figaro) aquando do lançamento do disco "No promises", no início de 2007.
Não, Carla Bruni não parece dada a fazer grandes promessas nem, tão-pouco, a crer nelas. "Sou fiel... A mim mesma", confessa, com uma gargalhada. "A monogamia maça-me à loucura, mesmo se o meu desejo e o meu tempo podem estar ligados a uma pessoa e não nego o carácter maravilhoso do aprofundar da intimidade. Sou monógama de tempos a tempos, mas prefiro a poligamia e a poliandria.
"Não é todos os dias que alguém diz uma coisas destas, assim, sem pestanejar, sem negar a seguir nem pôr um processo ao jornalista a quem falou. Sobretudo quando, como era o caso à época, esse alguém vivia com outro alguém - Raphaël Enthoven, o pai do seu filho Aurelian, que fez em 2007 seis anos - e mesmo assim não se inibia de afirmar: "O amor dura muito tempo, mas o desejo ardente, duas a três semanas. Depois disso, pode sempre renascer das suas cinzas mas, de qualquer modo, quando o desejo está satisfeito, transforma-se. Não procuro muito a estabilidade. Nunca me sinto em casal, embora tenha um amante que amo e que vive comigo. É o meu lado rapaz. Como os homens, sei muito bem compartimentar as coisas. Sei muito bem fazer isso e com uma vantagem: a minha precisão feminina." A entrevista diz que ela ri aqui, de novo, para concluir: "Nunca me queixo! Sou mesmo assim completamente mulher no que respeita a certos sentimentos supostamente femininos que me invadem às vezes: a responsabilidade, a culpa, o remorso. Mas isso passa e volto a ser uma espécie de kamikaze que não quer senão uma coisa: viver, viver, viver!"
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