O QUE EU DESEJO
O que eu quero é que todos os que se desejam e amam possam dar as mãos,
beijar-se, andar de braço dado, fazer festas e cafuné e o mais que lhes
aprouver por mútuo consentimento sem terem de esconder-se. Porque o
desejo faz desejar mais, o amor faz amar mais. Porque quem ama deseja mostrá-lo
e essa é a mais bela das bandeiras.
O que eu quero é que se acabe de uma vez por todas com a ideia de que só
um casal legitimado pelo casamento pode acompanhar o crescimento de uma
criança, transmitir-lhe a vontade de pensar e conhecer, acarinhá-la e
encorajá-la a ser livre. As crianças não pertencem aos progenitores,
elas são de si mesmas e do mundo. Se é verdade que as crianças são
dependentes, os adultos não o são menos e a consciência dessa dependência que liga os
humanos é uma boa base para uma conversa sobre mudar o mundo e romper
com as formas, evidentes ou perversas, de escravidão.
O que eu quero é que as mães e os pais deixem de temer as escolhas de
orientação sexual dos seus filhos.
O que eu quero é que os filhos deixem de sofrer a opressão da norma
quando se debatem com as exigências do amor.
Claro que quero muitas outras coisas e todos os dias luto comigo mesma
para as definir na minha cabeça. Mas estas que eu acabei de formular QUERO
MESMO.
Já.
Regina Guimarães
(alguém se lembra do primeiro algum dos Três Tristes Tigres?)O que eu quero é que todos os que se desejam e amam possam dar as mãos,
beijar-se, andar de braço dado, fazer festas e cafuné e o mais que lhes
aprouver por mútuo consentimento sem terem de esconder-se. Porque o
desejo faz desejar mais, o amor faz amar mais. Porque quem ama deseja mostrá-lo
e essa é a mais bela das bandeiras.
O que eu quero é que se acabe de uma vez por todas com a ideia de que só
um casal legitimado pelo casamento pode acompanhar o crescimento de uma
criança, transmitir-lhe a vontade de pensar e conhecer, acarinhá-la e
encorajá-la a ser livre. As crianças não pertencem aos progenitores,
elas são de si mesmas e do mundo. Se é verdade que as crianças são
dependentes, os adultos não o são menos e a consciência dessa dependência que liga os
humanos é uma boa base para uma conversa sobre mudar o mundo e romper
com as formas, evidentes ou perversas, de escravidão.
O que eu quero é que as mães e os pais deixem de temer as escolhas de
orientação sexual dos seus filhos.
O que eu quero é que os filhos deixem de sofrer a opressão da norma
quando se debatem com as exigências do amor.
Claro que quero muitas outras coisas e todos os dias luto comigo mesma
para as definir na minha cabeça. Mas estas que eu acabei de formular QUERO
MESMO.
Já.
Regina Guimarães
Foto tirada daqui: http://www.mulheres-ps20.ipp.pt/Regina_Guimaraes.htm
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