Meu Pais, Fado Maior (título roubado de Paulo Braganca)
O mote que recebi hoje foi o que está transcrito abaixo. Mas vem no seguimento do post anterior. Não queria começar a bater no ceguinho (em Portugal), porque é demasiado fácil e é precisamente condescender com aquilo que critico. Mas não resisti. Sinto muito.
Mote : Temos um português entre os 25 mais notáveis pensadores a nível internacional segundo "Le Nouvel Observateur". O filósofo José Gil pensou sobre nós, portugueses, e mostra-nos como somos, já que não temos capacidade para o descobrirmos sozinhos. A obra que está agora na berra é "Portugal hoje, o Medo de Existir". Citação: "Temos medo de enfrentar os outros, temos medo de dizer o que pensamos. Como se a expressão do que pensamos se voltasse contra nós". "Oscilamos entre o "eu sou o maior e o "eu não sou ninguém". Em suma não sabemos quem somos. !
Concordo e nao concordo. Os portugueses são exímios a descobrir, ou a redescobrir o medo que têm de si próprios como colectivo. Claro que vêm sempre isso nos outros e nao em si mesmos. Isso é o tema de todas as conversas de café, é o eterno queixume, que se torna ensurdecedor para quem já se fartou de queixar e descobriu o medo de morrer sem ter vivido.
Temos um povo de felicidade adiada, porque a maioria que fala, trocou o fazer pelo falar constante. A minoria que não fala e que faz, é silenciosa e não aparece pelos cafés nem pelo corredor do escritório com uma dor aqui ou com uma queixa do colega que lhe fez não sei o quê.
O mérito de José Gil, para a massa que lhe está a comprar os livros compulsivamente, é ter a reputação que tem, de grande pensador, por isso todos os portugueses descobriram em peso que têm uma desculpa para continuarem a fazer o que fazem, desta vez com legitimação intelectual. Se afinal um dos melhores pensadores se ocupa a diagnosticar os medos da nação, porque não havemos nós de o fazer? E é isso que fazemos todos. Até eu, neste momento.
Para saber mais sobre o senhor José Gil:
http://www.iplb.pt/pls/diplb/!get_page?pageid=402&tpcontent=FA&idaut=1426340&idobra=&format=NP405&lang=PT
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O mote que recebi hoje foi o que está transcrito abaixo. Mas vem no seguimento do post anterior. Não queria começar a bater no ceguinho (em Portugal), porque é demasiado fácil e é precisamente condescender com aquilo que critico. Mas não resisti. Sinto muito.
Mote : Temos um português entre os 25 mais notáveis pensadores a nível internacional segundo "Le Nouvel Observateur". O filósofo José Gil pensou sobre nós, portugueses, e mostra-nos como somos, já que não temos capacidade para o descobrirmos sozinhos. A obra que está agora na berra é "Portugal hoje, o Medo de Existir". Citação: "Temos medo de enfrentar os outros, temos medo de dizer o que pensamos. Como se a expressão do que pensamos se voltasse contra nós". "Oscilamos entre o "eu sou o maior e o "eu não sou ninguém". Em suma não sabemos quem somos. !
Concordo e nao concordo. Os portugueses são exímios a descobrir, ou a redescobrir o medo que têm de si próprios como colectivo. Claro que vêm sempre isso nos outros e nao em si mesmos. Isso é o tema de todas as conversas de café, é o eterno queixume, que se torna ensurdecedor para quem já se fartou de queixar e descobriu o medo de morrer sem ter vivido.
Temos um povo de felicidade adiada, porque a maioria que fala, trocou o fazer pelo falar constante. A minoria que não fala e que faz, é silenciosa e não aparece pelos cafés nem pelo corredor do escritório com uma dor aqui ou com uma queixa do colega que lhe fez não sei o quê.
O mérito de José Gil, para a massa que lhe está a comprar os livros compulsivamente, é ter a reputação que tem, de grande pensador, por isso todos os portugueses descobriram em peso que têm uma desculpa para continuarem a fazer o que fazem, desta vez com legitimação intelectual. Se afinal um dos melhores pensadores se ocupa a diagnosticar os medos da nação, porque não havemos nós de o fazer? E é isso que fazemos todos. Até eu, neste momento.
Para saber mais sobre o senhor José Gil:
http://www.iplb.pt/pls/diplb/!get_page?pageid=402&tpcontent=FA&idaut=1426340&idobra=&format=NP405&lang=PT
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